A hora é de fortalecimento do Sindicato
A reforma da Previdência, aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados, prejudicou os trabalhadores. Os parlamentares, que ganharam cerca de R$ 2 bilhões, que foram distribuídas no formato de emenda, não tiveram pena de quem derrama o suor nas fábricas para o progresso do Brasil. Agora, a regra é fazer o trabalhador se aposentar mais tarde e com valor do benefício menor.
Pesquisas revelam que 61% dos que se aposentaram por idade não atingem 20 anos de contribuição, no caso das mulheres, esse percentual sobe para 69%. Muitos trabalhadores começam a pegar no batente ainda na adolescência, mas não conseguem contribuir por um longo período por causa do desemprego, e passam a ganhar o pão de cada dia na informalidade. Ou seja, sem carteira registrada.
A maior maldade desta reforma da Previdência é não poder mais se aposentar por tempo de contribuição. Neste caso, as mulheres terão de trabalhar até os 62 anos e os homens, 65 anos. É a criação da idade mínima para todos. Por exemplo: quem tiver 20 anos hoje e começar a trabalhar, só poderá se aposentar aos 65 anos (homens) ou 62 (mulheres). Na prática terão de permanecer na ativa 45 anos (homens) ou 42 anos (mulheres).
Mas num país onde alguém com 40 anos é considerado velho pelo mercado de trabalho, como será possível obter esse benefício da Previdência Social? Por causa disto que é importante o trabalhador apoiar o Sindicato, fortalecendo quem continuará lutando ao seu favor. Não é mais momento de cair na conversa fiada de que Sindicato não presta. Não faz nada.
Qual é o funcionário, com este enorme desemprego, teria disposição para negociar salário diretamente com o seu patrão? No mínimo acabaria mandado embora. A diretoria do Sindicato tem essa autonomia para sentar com a bancada patronal e negociar sem correr este risco.
Todas as conquistas obtidas até hoje, foram com os sindicatos lutando, inclusive a jornada de 8h, 13º salário, licença maternidade, cesta básica, descanso semanal remunerado, auxílio creche entre outras diversas conquistas. Portanto, a hora é de somar e apoiar financeiramente o Sindicato, para que seus direitos, trabalhador, não desapareçam igual fumaça no ar.