Dez capitais têm crescimento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave

Em pelo menos dez capitais brasileiras, os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) apresentam tendência de aumento, segundo dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Atualmente, o novo coronavírus é a causa da SRAG em quase 98% dos pacientes. A síndrome é uma das consequências dos quadros graves da covid-19.

De acordo com o Boletim InfoGripe da Fiocruz, Belo Horizonte (MG), Florianópolis (SC), João Pessoa (PB), Natal (RN), Brasília (DF), São Luís (MA) e Vitória (ES) têm sinais de crescimento moderado em longo prazo. Isso significa que todas essas cidades podem ver os casos aumentarem em mais de 75% nas próximas seis semanas.

Já Rio Branco (AC) está em situação mais preocupante e pode ter alta de 95% no período. Goiânia (GO) e Palmas (TO) estão sob tendência moderada, mas em prazo mais curto. Nos dois casos, a Fiocruz observa possível início de um processo de interrupção da queda. Belo Horizonte, Goiânia, Brasília e Vitória apresentam sinal de crescimento pela primeira vez desde o início do declínio nos números.

Entre as 27 unidades da federação, pelo menos 15 têm uma de suas macrorregiões com tendência de aumento variando entre 75% e 95%. Na lista, estão: Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso e Goiás.

Números da covid no Brasil

Segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), até quinta-feira (19), 168.061 pessoas morreram por causa da covid-19 no Brasil. Foram confirmados 606 óbitos em um dia. O total de contaminados é de 5.981.767 e somente nas últimas 24 horas houve registro de 35.918 novos pacientes.

Avanço entre os Yanomami

Um estudo, lançado nesta quinta-feira (19), mostra o crescimento de mais de 250% nos casos de covid-19 entre os povos indígenas Yanomami. O relatório “Xawara: rastros da Covid-19 na Terra Indígena Yanomami e a omissão do Estado” aponta que o total de infectados saltou de 335 para 1.202 entre agosto e outubro.

Em pelo menos 23 das 37 regiões da terra indígena já há registro de casos. A pesquisa, elaborada pela Rede Pró-Yanomami e Ye’kwana e pelo Fórum de Lideranças da TIY, estima que mais de um terço da população total tenha sido exposta ao novo coronavírus. As entidades pedem a retirada de garimpeiros dos territórios desde junho. Além de atuarem ilegalmente, eles aumentar os riscos de propagação da covid-19.

Saiba o que é o novo coronavírus

É uma vasta família de vírus que provocam enfermidades em humanos e também em animais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que tais vírus podem ocasionar, em humanos, infecções respiratórias como resfriados, entre eles a chamada “síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS)”.

Também pode provocar afetações mais graves, como é o caso da Síndrome Respiratória Aguda Severa (SRAS). A covid-19, descoberta pela ciência mais recentemente, entre o final de 2019 e o início de 2020, é provocada pelo que se convencionou chamar de “novo coronavírus”.

Como ajudar quem precisa?

A campanha “Vamos precisar de todo mundo” é uma ação de solidariedade articulada pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo. A plataforma foi criada para ajudar pessoas impactadas pela pandemia da covid-19. De acordo com os organizadores, o objetivo é dar visibilidade e fortalecer as iniciativas populares de cooperação.

Nara Lacerda/BF
AFP PHOTO /NATIONAL INSTITUTES OF HEALTH/NIAID-RML/HANDOUT

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