Covid-19 e o colapso na saúde
Não é novidade para ninguém que o Brasil vive colapso na saúde. Hoje, o maior número de pacientes internados nos hospitais, quando conseguem vaga, são de pessoas na faixa etária entre 20 e 59 anos, 45% das internações são de pacientes com este perfil. Quanto mais jovem, maior a resistência no combate ao vírus e maior o tempo de cuidados na UTI. Inclusive já é grande o número de pacientes nesta faixa etária que está morrendo.
Segundo vários médicos infectologistas, as novas cepas da covid-19 são mais agressivas do que as que tiraram a vida de muitas pessoas no início da pandemia em 2020. Naquela época, os pacientes ficavam pouco tempo internados nas UTIs (Unidade de Terapia Intensiva). Atualmente é o contrário. O doente permanece maior número de dias necessitando de cuidados intensivos da equipe médica.
Ao contrário dos idosos ou mesmo quem tem mais de 50 anos, a maioria dos jovens, principalmente adolescentes, não trata a covid-19 como algo perigoso. Acreditam que seja doença fácil de tratar ou mesmo driblar os seus sintomas (dores de cabeça, dores nas costas, falta de ar, forte irritação na garganta e febre) com medicamentos alternativos.
Nos primeiros meses de 2021, quando ocorreu a explosão de novos casos no Brasil, resultando em recordes sucessivos no número de mortos em diversas regiões do País, os médicos descobriram que vírus da covid-19 ficou mais resistente aos remédios. Mesmo pacientes que recebem altas, enfrentam problemas de saúde, como aumento das dores de cabeça e falta de ar.
Restrições aumentam a segurança contra infecção
Infelizmente, segundo diversos médicos infectologistas, os governos em nível estadual, municipal e federal, não levaram a sério as políticas restritivas de circulação. Como se diz nas lutas marciais e no boxe, abaixou a guarda, o vírus da covid-19 partiu para o ataque, aumentando o número de vítimas fatais.
As pessoas perguntam o porquê de restrição. Simplesmente por causa do tipo de transmissão desta doença. Ela é infectocontagiosa. Basta ficar a menos de 1,5 metros de alguém contaminado para entrar nesta triste estatística de contaminado e correr sério risco de perder a vida, por falta de vagas nos hospitais, seja público ou privado.
A redução de circulação impede que alguém doente possa transmitir a covid-19 para outra pessoa. O vírus fica restrito. Não encontra ambiente para circular e contaminar. Uma pessoa doente, dentro de um vagão do metrô ou trem, ou mesmo num ônibus lotado, é capaz de espalhar a doença para mais de cem pessoas! Tudo por causa do contato, que numa restrição de circulação não ocorreria.
Porém, mesmo dentro de casa, os cuidados precisam ser redobrados, principalmente com a higiene pessoal. Lavar as mãos sempre, evitar tocar olhos, bocas e nariz com elas. Sempre passar álcool gel quando tocar em fechaduras externas ou do próprio automóvel.