Fernández e Cristina são eleitos na Argentina. Uruguai vai para o segundo turno
Fernández tem 60 anos é advogado e professor de direito civil e penal na Universidade Federal de Buenos Aires (UFBA) e terá ao seu lado a ex-presidente Cristina Kirchner, que governou o país entre 2007 e 2015. A chapa teve 47% dos votos derrotando o atual presidente argentino Mauricio Macri, que alcançou 40% dos votos.
Durante toda a campanha o lema de Fernández foi “colocar a Argentina novamente de pé”. O novo presidente, que assume o cargo no próximo dia 10 de dezembro, assumirá um país que sofre uma de suas piores crises. A inflação acumulada, em outubro, alcançou 53,5% e a desigualdade tem batidos números assustadores. Os casos de tuberculose, por exemplo, aumentaram drasticamente pela falta de moradia adequada.
À noite, no discurso pela vitória, sob cânticos da marcha peronista, Cristina Kirchner agradeceu ao povo argentino e às centenas de argentinos “anônimos” que “conseguiram se sustentar de pé”, mesmo com toda a crise que acomete o país.
“Hoje Alberto é presidente de todos os argentinos e terá uma tarefa muito difícil. Ele vai precisar da ajuda de todos, os que votaram e os que não votaram nele”, completou Kirchner, conclamando a união do país.
Fernández agradeceu aos eleitores que votaram e escolheram “uma nova ordem” para os próximos anos do país, “para uma Argentina solidária, que privilegie a saúde pública, a educação pública e todos os trabalhadores”.
Frente Ampla no Uruguai
Pesquisas de boca de urna divulgadas na noite do domingo (27) indicam que a decisão será em segundo turno nas eleições presidenciais do Uruguai, entre o candidato de esquerda, Daniel Martínez, e o opositor Lacalle Pou, do Partido Nacional, de direita.
Segundo sondagem realizada por diversas empresas de pesquisa do país, o governista Martínez conquistou entre 39,7% e 40% dos votos, contra 29,4% do direitista Pou.
Após a divulgação das pesquisas, o candidato da Frente Ampla pediu “consciência” para a população escolher o mais preparado para governar o país. “Cada um, com sua consciência, terá que avaliar quem são as pessoas melhor preparadas”, disse. Segundo Martínez, o partido governista já iniciou “o caminho do diálogo”. “Não para fazer a velha política de fazer alianças com base na divisão de cargos, mas sim com base em ideias”, afirmou.
De acordo com a lei eleitoral uruguaia, uma vitória no primeiro turno só seria possível se algum candidato alcançasse 50% mais um dos votos. O segundo turno está previsto para acontecer no dia 24 de novembro. Quase 2,7 milhões de uruguaios foram às urnas neste domingo para escolher o próximo presidente do país. (RBA)