Mercado não cria vagas suficientes, e desemprego volta a subir na Grande SP
Sem abertura de vagas em quantidade suficiente, a região metropolitana de São Paulo teve aumento da taxa de desemprego de abril para maio (de 16,1% para 16,7%), segundo a Fundação Seade e o Dieese, mas abaixo de igual mês do ano passado (17,5%). No mês, são 100 mil desempregados a mais, de acordo com a pesquisa, divulgada nesta terça-feira (28). Isso aconteceu porque o número de postos de trabalho criados (105 mil) foi menor que o de pessoas que passaram a fazer parte da força de trabalho (205 mil). Foi a segunda alta seguida. A informalidade também aumentou.
O número de desempregados foi estimado em 1,872 milhão, 71 mil a menos do que em abril do ano passado (1,945 milhão). Em 12 meses, a região metropolitana teve mais 180 mil pessoas na população economicamente ativa, enquanto o mercado criou 109 mil vagas.
A ocupação cresceu de março para abril, mas essa expansão ocorreu principalmente entre os assalariados sem carteira (3,6%) e autônomos (9,6%). O emprego com carteira assinada recuou 2,2%.
Ainda no mês, a indústria fechou 40 mil postos de trabalho (-2,8%) e o comércio/reparação de veículos, 9 mil (-0,5%). Criaram vagas a construção (25 mil, alta de 4,8%) e o setor de serviços (119 mil, 2,2%) – este último concentra 60,5% dos ocupados na Grande São Paulo. Em relação a abril de 2018, a indústria abre 54 mil (4,1%), o comércio, 41 mil (2,5%) e os serviços, 127 mil (2,3%), enquanto a construção fecha 44 mil (-7,4%).
No recorde por área, a taxa de desemprego subiu na capital: de 15,4%, em março, para 16,4%. Ficou praticamente estável na chamada sub-região leste, que inclui Guarulhos, Poá, Suzano e Itaquaquecetuba, entre outros municípios (de 19,8% para 19,9%). E recuou na sub-região sudeste, onde fica o Grande ABC, de 15,2% para 14,4%.
De fevereiro para março – nesse item, há sempre defasagem de um mês –, o rendimento médio dos ocupados ficou praticamente estável, variando -0,1%. Foi estimado em R$ 2.100. Na comparação anual, caiu 4,1%.