NOTA DE REPÚDIO

A Nova Central Sindical de Trabalhadores – NCST vêm a público expressar repúdio à ação da Justiça de Santa Catarina no caso do estupro de Mariana Ferrer, onde o advogado, o juiz e o promotor de Justiça, deturparam fatos de um crime de estupro com base em acusações misóginas e transformaram a vítima em acusada.

O juiz acolheu a tese da defesa de que foi cometido um “estupro culposo” e que o acusado não teria tido a intenção do crime, apesar de a vítima estar dopada.

A NCST, uma entidade que representa milhões de trabalhadores e trabalhadoras, se indigna diante dessa situação desumana, onde a vítima sofre ataques de seu detrator e depois, também, das instituições que deveriam protegê-la e em seu nome fazerem justiça.

Toda relação sexual sem consentimento é estupro. Falar de estupro não intencional é desrespeitar profundamente as vítimas e correr o risco de abrir um precedente perigoso.

Infelizmente, no Brasil, essa atitude do judiciário de Santa Catarina, se não for reparada, tende a aprofundar a triste estatística existente: um caso de feminicídio a cada sete horas. A cada 11 minutos uma mulher sofre estupro, 30% das vítimas são menores de 13 anos de idade. E poucas mulheres possuem coragem para denunciar uma violência sexual, apenas 35%. E ainda sofrem quando denunciam, pois, são desmentidas, culpadas, julgadas e estigmatizadas.

Por isso, nosso apoio para as que denunciam e coragem ampliada às que querem e precisam denunciar.

Ligue 180.

Basta de violência contra as mulheres!

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