Taxa de subutilização da força de trabalho é de 24,6% no segundo trimestre de 2018
No segundo trimestre de 2018, a taxa de subutilização da força de trabalho (que agrega os desocupados, os subocupados por insuficiência de horas e a força de trabalho potencial) foi de 24,6%, o que representa 27,6 milhões de pessoas. O resultado ficou estatisticamente estável em relação ao primeiro trimestre de 2018 (24,7%) e subiu na comparação com o segundo trimestre de 2017 (23,8%).
Piauí (40,6%), Maranhão (39,7%) e Bahia (39,7%) apresentaram as maiores taxas de subutilização e as menores taxas foram em Santa Catarina (10,9%), Rio Grande do Sul (15,2%) e Rondônia (15,5%).
No segundo trimestre de 2018, as maiores taxas de desocupação entre as unidades da federação foram: Amapá (21,3), Alagoas (17,3%), Pernambuco (16,9%), Sergipe (16,8%) e Bahia (16,5%). As menores taxas de desocupação foram observadas em Santa Catarina (6,5%), Mato Grosso do Sul (7,6%), Rio Grande do Sul (8,3%) e Mato Grosso (8,5%). No Brasil, a taxa de desocupação foi de 12,4%.
O contingente de desalentados, no segundo trimestre de 2018, foi chegou a 4,8 milhões de pessoas de 14 anos ou mais de idade, valor superior ao do 1º trimestre de 2018 (4,6 milhões) e do 2º trimestre de 2017 (4,0 milhões de pessoas). Esse foi o maior contingente de desalentados da série histórica da PNAD Contínua, que começou em 2012.
O percentual de pessoas desalentadas (em relação a população na força de trabalho ou desalentada), no segundo trimestre de 2018, ficou em 4,4%, a maior da série histórica. Entre as unidades da federação, Alagoas (16,6%) e Maranhão (16,2%) tinham a maior taxa de desalento e Rio de Janeiro (1,2%) e Santa Catarina (0,7%), a menor.
No 2º trimestre de 2018, 74,9% dos empregados no setor privado tinham carteira de trabalho assinada, 0,9 p.p. a menos que no 2º trimestre de 2017. O maior percentual de empregados com carteira estava na Região Sul (82,9%) e o menor estava no Nordeste (59,9%). As UFs com os maiores percentuais foram Santa Catarina (88,4%), Rio de Janeiro (82,3%) e Rio Grande do Sul (82,0%), e as menores ficaram com (Maranhão (50,2%), Pará (55,4%) e Paraíba (55,9%). Entre os trabalhadores domésticos, 29,4% tinham carteira de trabalho assinada. No segundo trimestre de 2017, a proporção era de 30,6%.
No segundo trimestre de 2018, 91,2 milhões de pessoas estavam ocupadas, sendo 67,6% de empregados (incluindo empregados domésticos), 4,8% de empregadores, 25,3% depessoas que trabalharam por conta própria e 2,3% de trabalhadores familiares auxiliares. As regiões Norte (31,7%) e Nordeste (28,9%) apresentaram os maiores percentuais de trabalhadores por conta própria. Entre as UFs, os maiores percentuais foram do Amazonas (32,2%), do Maranhão (33,0%) e do Pará (34,3%), enquanto os menores ficaram com o Distrito Federal (18,2%), São Paulo (21,7%) e Matogrosso do Sul (22,1%). O material de apoio desta divulgação está à direita.
A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho adequado, ou não tinha experiência ou qualificação, ou era considerado muito jovem ou idosa, ou não havia trabalho na localidade em que residia – e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Ela faz parte da força de trabalho potencial.
A taxa combinada de subocupação por insuficiências de horas trabalhadas e desocupação (pessoas ocupadas com uma jornada de menos de 40 horas semanais, mas que gostariam de trabalhar em um período maior, somada às pessoas desocupadas) foi de 18,7% no Brasil, no segundo trimestre de 2018, o que representa 6,5 milhões de trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas e 13,0 milhões de desocupados.
A taxa combinada da desocupação e da força de trabalho potencial, que abrange os desocupados e as pessoas que gostariam de trabalhar, mas não procuraram trabalho, ou que procuraram, mas não estavam disponíveis para trabalhar (força de trabalho potencial), foi de 18,8% no segundo trimestre de 2018, o que representa 21,1 milhões de pessoas.
Amapá teve a maior taxa de desocupação do segundo trimestre de 2018
No Brasil, a taxa de desocupação, no 2º trimestre de 2018, foi de 12,4%. Este indicador apresentou redução de 0,7 p.p. em relação ao 1º trimestre de 2018 (13,1%). Em relação ao 2º trimestre de 2017 (13,0%), a taxa apresentou redução de 0,6 ponto percentual.
Ao longo de toda série, o Nordeste apresenta as maiores taxas de desocupação, tendo registrado, no 2º trimestre de 2018, uma taxa de 14,8%. A região Sul teve a menor taxa (8,2%). Frente ao 1º trimestre de 2018, todas as Regiões apresentaram redução da taxa de desocupação. O Nordeste teve a variação mais alta (1,1 p.p.) e o Sul, a menor (de 0,2 p.p.). Na comparação anual, este indicador caiu em todas as regiões.
No segundo trimestre de 2018, as maiores taxas de desocupação entre as unidades da federação foram: Amapá (21,3), Alagoas (17,3%), Pernambuco (16,9%), Sergipe (16,8%) e Bahia (16,5%). As menores taxas de desocupação foram observadas em Santa Catarina (6,5%), Mato Grosso do Sul (7,6%), Rio Grande do Sul (8,3%) e Mato Grosso (8,5%).
Norte e Nordeste têm mais trabalhadores por conta própria
A população ocupada, no 2º trimestre de 2018, estimada em 91,2 milhões de pessoas, era composta por 67,6% de empregados (incluindo empregados domésticos), 4,8% de empregadores, 25,3% de pessoas que trabalharam por conta própria e 2,3% de trabalhadores familiares auxiliares. Nas Regiões Norte (31,7%) e Nordeste (28,9%), o percentual de trabalhadores por conta própria era superior ao verificado nas demais regiões.
Menos trabalhadores domésticos têm carteira assinada
No 2º trimestre de 2018, 74,9% dos empregados no setor privado tinham carteira de trabalho assinada, 0,9 p.p. a menos que no 2º trimestre de 2017. As Regiões Norte (61,9%) e Nordeste (59,9%) tinham os menores percentuais e a região Sul (82,9%) o maior. Em relação ao 2º trimestre de 2017, essa estimativa subiu apenas na região Norte: de 59,0% para 61,9%. Entre os trabalhadores domésticos, 29,4% tinham carteira de trabalho assinada. No mesmo trimestre do ano passado a proporção era de 30,6%.
Mulheres têm menor nível de ocupação que os homens
No 2º trimestre de 2018, as mulheres eram maioria tanto na população em idade de trabalhar no Brasil (52,4%), quanto em todas as grandes regiões. Porém, entre as pessoas ocupadas predominavam os homens no Brasil (56,3%) e em todas as regiões, sobretudo na Norte, onde os homens representavam (60,2%).
O nível da ocupação dos homens no Brasil foi de 63,6% e o das mulheres de 44,8%, no 2º trimestre de 2018. O comportamento diferenciado deste indicador entre homens e mulheres foi verificado nas cinco Grandes Regiões, com destaque para a Norte, onde a diferença entre homens e mulheres foi a maior (22,6 pontos percentuais), e para o Sudeste, com a menor diferença (18,0 pontos percentuais).
Já na população desocupada, no primeiro trimestre de 2018, as mulheres eram maioria (51,0%). Em quase todas as regiões, o percentual de mulheres na população desocupada era superior ao de homens, a exceção foi a região Nordeste (46,9%). Na Região Sul, o percentual das mulheres foi o maior, elas representavam 53,4% das pessoas desocupadas.
A taxa de desocupação no Brasil, no 2º trimestre de 2018, foi de 12,4%, mas com diferenças significativas entre homens (11,0%) e mulheres (14,2%). Este comportamento foi observado nas cinco Grandes Regiões. As mulheres também se mantiveram como a maior parte da população fora da força de trabalho, tanto no país (64,9%) tanto em todas as regiões.
Taxa de desocupação para pretos e pardos é maior que a taxa nacional
O contingente dos desocupados no Brasil no 1º trimestre de 2012 era de 7,6 milhões de pessoas, quando os pardos representavam 48,9% dessa população; seguido dos brancos (40,2%) e dos pretos (10,2%). No 2º trimestre de 2018, esse contingente subiu para 12,9 milhões de pessoas e a participação dos pardos passou a ser de 52,3%; a dos brancos reduziu para 35,0% e dos pretos subiu para 11,8%.
A taxa de desocupação, no segundo trimestre de 2018, dos que se declararam brancos (9,9%) ficou abaixo da média nacional (12,4%); porém a dos pretos (15,0%) e a dos pardos (14,4%) ficaram acima. No 1º trimestre de 2012, quando a taxa média foi estimada em 7,9%, a dos pretos correspondia a 9,7%; a dos pardos a 9,1% e a dos brancos era 6,6%.
No segundo trimestre de 2018 os pardos representavam 47,9% da população fora da força de trabalho, seguidos pelos brancos (42,4%) e pelos pretos (8,5%).
Rendimento médio permaneceu estável em todas as regiões
No 2º trimestre de 2018, o rendimento médio real de todos os trabalhos, habitualmente recebido por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, com rendimento de trabalho, foi estimado em R$ 2.198. Houve estabilidade tanto em relação ao trimestre imediatamente anterior (R$ 2.192) como em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2.174). Nas grandes regiões, também houve estabilidade estatística nessas duas comparações.